Existem grandes pilotos, pilotos com currículos invejáveis.
Existem outros que são lendas.
Stirling Moss é uma dessas lendas. Senhor de um talento e coragem sem paralelo, é também conhecido por ser um gentleman dentro e fora das pistas. Ficará na história como um dos grandes talentos do mundo automóvel, com vitórias épicas, mas também como o melhor piloto que nunca foi campeão do mundo.
No entanto por diversas vezes ficou, mesmo em carros inferiores, muito próximo do título. Em 1958 ficou a apenas 1 ponto do campeão Mike Hawthorn, e Moss seria mesmo campeão pois na última prova, em Portugal (circuito da Boavista) Hawthorn fora desclassificado após um despiste ter feito uma manobra que os comissários de prova consideraram ilegal. Foi o próprio Stirling Moss que defendeu Hawthorn junto dos diretores da prova, fazendo com que não o desqualificassem e perdendo assim o campeonato. Um verdadeiro gentleman.
Uma das maiores provas do génio de Moss ao volante é a mítica vitória nas Mille Miglia de 1955 onde, ao volante do Mercedes SLR - com a famosa marcação "722", indicador da hora a que partira de Brescia - terminou com uma vantagem de mais de 30 minutos sobre o 2º classificado, o grande Juan Manuel Fangio, também num Mercedes SLR.
Estes e outros episódios da vida de Moss são relembrados pelo próprio, no documentário de 1 hora conduzido por Patrick Stewart (conhecido pelos seus papéis de Capitão Jean-Luc Picard de Star Trek ou Professor Charles Xavier de X-Men), que no final ainda conduz o Vanwall 57, carro que Moss conduziu nos campeonatos do mundo de 1957 e 1958 e com o qual tentou ser o primeiro campeão do mundo inglês, ao volante de um carro inglês.
Vale a pena tirar uma hora para ver este documentário da BBC sobre uma lenda viva e sobre uma época incrível da competição automóvel.
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