Estava a ver o vídeo da Autocar com a apresentação do novo Peugeot 108 e tenho de admitir que por momentos, fiquei entusiasmado.
Primeiro porque vem substituir o trágico Peugeot 107 (que não tenho coragem de colocar aqui, quem tiver pode clicar aqui). E só isso já vota a seu favor.
Depois porque vemos o vídeo e reparamos num carro com um aspecto funky e moderno, com atenção aos detalhes e com uma (visível) boa qualidade de construção.
Mas quando olhamos melhor para o 108 vemos um design genérico, anónimo, com detalhes e apontamentos personalizáveis, sim, mas fora isso é, desculpem-me a repetição, anónimo.
E quando prestamos um pouco mais de atenção ao que os designers da Peugeot vão dizendo ao longo do vídeo, ouvimos coisas como "fomos buscar inspiração a padrões texteis, e a mobiliarío...". Ah? Como? Para tornar um carro mais apetecível? Para que as pessoas o comprem? Porquê? Porque é que caminhamos para um mercado onde os carros são concebidos para parecerem mobília moderna, ou telemóveis, que se trocam de ano-a-ano, porque já não estão na moda?
Deixa-me triste, como apaixonado por automóveis, que a indústria automóvel caminhe para um estado em uma marca obedece cegamente às tendência de mercado, desprezando a sua história e os seus valores, que anteriormente estavam tão presentes e foram tão importantes para os seus designs.
Por isso, à Peugeot, os meus parabéns, pela evolução daquele organismo unicelular que é o 107 para o novo 108.
Mas gostaria de lembrar que antes do 107 houve isto:
Dá saudades não?
Penso que algumas marcas deviam olhar para traz, de vez em quando. Sobretudo quando têm uma história recente pautada por designs icónicos como este.
Sem comentários:
Enviar um comentário