Durante os últimos anos a industria automóvel americana sofreu uma transformação que ainda muitos não tomam em conta.
Habituamo-nos a desvalorizar os carros americanos, pela falta de qualidade geral, inovação ou actualidade, que deriva, na minha opinião, da mentalidade consumista, do "usar e deitar fora" típico da sociedade americana, que empurram as marcas para a concepção de carros simples, plásticos e "descartáveis".
Mas desvalorizamos sobretudo os carros desportivos americanos. E com razão... Vamos ao antecessor de um dos carros deste post, um Mustang, de 1993, na sua versão especial SVT Cobra tinha uns estonteantes 235cv. Uauuu.... E conseguiam "espremer" esta potência de um V8 de 5l de capacidade!!
Além disso, o "appeal" dos desportivos americanos não esteve em alta nos anos 90. Vejamos uma imagem desse mesmo Mustang SVT Cobra:
Não vou comentar...
Como dizia, habituamo-nos a desvalorizar os automóveis americanos, mas provavelmente é altura de mudarmos de atitude.
E são carros como os deste vídeo da Drive que justificam essa mudança.
O Mustang GT500 tem um V8 5.8l comprimido com 671cv! é um carro que impressiona pelos números, mas sinceramente, não o que mais mostra a transformação que estou a falar. Porque na prática é um carro ainda básico, arcaico, com um motor gigante. Vamos ser francos, quase 700cv transmitidos a um eixo rígido não é a melhor ideia. Para explicar de uma forma simples, o eixo traseiro partilha a mesma "tecnologia" com:
Dou mais importância a veículos como o novo Camaro ZL1. Não tem números tão extravagantes - tem uma versão inferior do V8 do Corvette ZR1, com "apenas" 580cv - destacando-se pela homogeneidade, pelo equilíbrio de todo o pacote: suspensão moderna, motor redondo, cheio de binário e potência, interior com qualidade acima do normal e, pessoalmente, um design bem conseguido e não tão exagerado como o Mustang. Sim, a cor do Camaro do vídeo não é a melhor mas vejam por exemplo em preto:
Não é um carro discreto, tudo bem, mas não é "gigante" como muitos dos seus concorrentes, e penso que não é exagerado, ou "de mau gosto", esteticamente falando.
Sim, ainda não chegam ao nível de performance, acabamentos, equilíbrio dinâmico, etc, dos "nossos" europeus... E ainda bem, porque não colocamos na equação o factor mais inacreditável destes carros: preço! Se os conseguíssemos ao preço a que são vendidos nos EUA, ambos estariam abaixo dos 40 mil €!!!
600cv, bom equipamento e conforto, qualidade de construção, fiabilidade, 4 lugares, menos de 40 mil €???!! Não interessa se um M3 é mais envolvente, e no limite talvez mais rápido num circuito, quando custa metade (considerando os preços no Reino Unido)!
Por agora, as taxas alfandegárias vão, a meu ver, deixando respirar as marcas europeias, mas o ritmo de evolução dos americanos é impressionante, e num próximo post falarei de outro exemplo americano em que o diferencial em muitos parâmetros já não existirá...
Por agora o vídeo de Chris Harris com os dois "muscle-cars"
Habituamo-nos a desvalorizar os carros americanos, pela falta de qualidade geral, inovação ou actualidade, que deriva, na minha opinião, da mentalidade consumista, do "usar e deitar fora" típico da sociedade americana, que empurram as marcas para a concepção de carros simples, plásticos e "descartáveis".
Mas desvalorizamos sobretudo os carros desportivos americanos. E com razão... Vamos ao antecessor de um dos carros deste post, um Mustang, de 1993, na sua versão especial SVT Cobra tinha uns estonteantes 235cv. Uauuu.... E conseguiam "espremer" esta potência de um V8 de 5l de capacidade!!
Além disso, o "appeal" dos desportivos americanos não esteve em alta nos anos 90. Vejamos uma imagem desse mesmo Mustang SVT Cobra:
Não vou comentar...
Como dizia, habituamo-nos a desvalorizar os automóveis americanos, mas provavelmente é altura de mudarmos de atitude.
E são carros como os deste vídeo da Drive que justificam essa mudança.
O Mustang GT500 tem um V8 5.8l comprimido com 671cv! é um carro que impressiona pelos números, mas sinceramente, não o que mais mostra a transformação que estou a falar. Porque na prática é um carro ainda básico, arcaico, com um motor gigante. Vamos ser francos, quase 700cv transmitidos a um eixo rígido não é a melhor ideia. Para explicar de uma forma simples, o eixo traseiro partilha a mesma "tecnologia" com:
Dou mais importância a veículos como o novo Camaro ZL1. Não tem números tão extravagantes - tem uma versão inferior do V8 do Corvette ZR1, com "apenas" 580cv - destacando-se pela homogeneidade, pelo equilíbrio de todo o pacote: suspensão moderna, motor redondo, cheio de binário e potência, interior com qualidade acima do normal e, pessoalmente, um design bem conseguido e não tão exagerado como o Mustang. Sim, a cor do Camaro do vídeo não é a melhor mas vejam por exemplo em preto:
Não é um carro discreto, tudo bem, mas não é "gigante" como muitos dos seus concorrentes, e penso que não é exagerado, ou "de mau gosto", esteticamente falando.
Sim, ainda não chegam ao nível de performance, acabamentos, equilíbrio dinâmico, etc, dos "nossos" europeus... E ainda bem, porque não colocamos na equação o factor mais inacreditável destes carros: preço! Se os conseguíssemos ao preço a que são vendidos nos EUA, ambos estariam abaixo dos 40 mil €!!!
600cv, bom equipamento e conforto, qualidade de construção, fiabilidade, 4 lugares, menos de 40 mil €???!! Não interessa se um M3 é mais envolvente, e no limite talvez mais rápido num circuito, quando custa metade (considerando os preços no Reino Unido)!
Por agora, as taxas alfandegárias vão, a meu ver, deixando respirar as marcas europeias, mas o ritmo de evolução dos americanos é impressionante, e num próximo post falarei de outro exemplo americano em que o diferencial em muitos parâmetros já não existirá...
Por agora o vídeo de Chris Harris com os dois "muscle-cars"
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