- Mclaren P1: Finalmente a versão de (quase) produção do lendário Mclaren F1. Ainda não se conhecem todos os pormenores a nível técnico, mas o design exterior promete.
Não será um carro incrivelmente bonito mas percebe-se que todos os elementos da complexa carroçaria estão ali só com uma função: carga e equilíbrio aerodinâmico máximo.
Os dados divulgados pela Mclaren confirmam isso mesmo, mas um valor salta à vista: 600kg de downforce a 200km/h, que mostra o focus da Mclaren não na velocidade máxima mas sim nas performances e comportamento dinâmico.
Segundo os rumores que começam a circular o P1 terá uma derivação do V8 do MC4-12C - não há espaço no compartimento do motor para um V12 - sendo também quase certo que usará sistema KERS, obrigando à utilização de baterias, que justificam que, apesar do uso extensivo de fibra de carbono e alumínio, o seu peso ronde os 1400kg.
Isto significa que para conseguir a relação peso/potência referida pela Mclaren, de mais de 600cv/tonelada, o P1 terá de ter mais de 850cv, dos quais cerca de 100cv serão conseguidos pelo KERS. Ainda assim 750cv de um "suposto" V8 promete!
- Jaguar F-Type: O Jaguar entra neste nosso resumo, primeiro por ser uma "surpresa" - apesar de a Jaguar já o andar a prometer há vários anos - e em segundo, por ser incrivelmente bonito. Musculado e compacto mas ao mesmo tempo elegante, o F-Type é mais uma prova do talento de Ian Callum e a sua equipa de design. Com 3 variantes - F-Type V6 3.0l com 340cv; F-Type S com o mesmo V6 mas com 380cv; F-Type V8 S com umV8 de 5l e 495cv - teremos que aguardar pelos primeiros testes para avaliar as capacidades do pequeno Jaguar, até porque ao ser colocado em termos de preços abaixo do novo Porsche 911 mas acima do novo Boxster, terá que ser brilhante.
- VW Golf: Com a apresentação da sétima geração do Golf a VW espera acabar com algumas das criticas de que foi alvo com as duas últimas gerações, e voltar a surpreender e a elevar a fasquia deste segmento, tal como fez com o Golf IV. Se a nível de design não existia muita margem de manobra (porque um Golf tem de parecer um Golf obrigatoriamente), já a nível da construção a VW não desiludiu, com uma melhoria substancial em todos os parâmetros e na qualidade de construção, mas sobretudo com uma redução de 100kg face à geração anterior, devido à utilização da nova plataforma MBQ. É uma evolução importantíssima, para o Golf, e para o segmento, pois os concorrentes não terão outra hipótese senão seguir os mesmos passos.
Quanto ao novo GTI, continuará a ser um "Hot Hatch" elegante e discreto, como se vê pelas imagens. Conta com um novo motor 2l com 220cv (ou 230cv com o opcional power pack), e estamos ansiosos para ver o que a redução de peso e aumento de rigidez, para além de novos sistemas electrónicos introduzidos farão ao comportamento do GTI.
- Porsche Panamera Sport Turismo: Deixamos o melhor para o fim.
Gostos não se discutem, mas a verdade é que a opinião é unânime: o Porsche Panamera é um excelente produto numa péssima embalagem. Deixemo-nos de rodeios, o carro é corcunda!
O desenho geral não seria de qualquer forma brilhante ou inspirador, mas aquela bossa na traseira é terrível. Útil para os passageiros atrás, mas terrível visualmente.
Com o Sport Turismo, apresentado como um concept, mas não há qualquer dúvida que chegará ao mercado brevemente, a Porsche tem finalmente um produto completo. Um brilhante chassis, uma qualidade de construção imbatível e um desenho marcante, elegante e desportivo ao mesmo tempo, sem qualquer falha a apontar. Claro que já estamos a considerar que as aplicações em tons de verde não farão parte da versão final.
Muitas outras novidades estiveram presentes, como um chassis "despido" do sucessor do Ferrari Enzo, num misto de fibra de carbono e kevlar, e muitos outros. Deixamos aqui as que para nós foram mais importantes/interessantes.
O Salão de Paris foi uma lufada de ar fresco e a prova que apesar da crise o sector automóvel não pára. Até porque nem só de supercarros vive o homem...
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